Time da dupla atual campeã da competição também comemora o aniversário do principal autódromo do país, que completou sete décadas no último dia 12 de maio
A última quarta-feira, dia 12 de maio, foi uma data especial para os amantes do automobilismo no Brasil. Foi nesse dia que o autódromo de Interlagos, em São Paulo, completou 70 anos de existência. E a comemoração desse aniversário veio em alto estilo e cheio de velocidade, com a pista sendo palco da terceira etapa do Itaipava GT Brasil.
E é durante este final de semana que a equipe CRT Brasil, atual campeã da competição com a dupla Claudio Ricci e Rafael Derani, vai homenagear o autódromo, colando em seus dois carros a logomarca oficial dos 70 anos.
"Interlagos é um templo para todos que gostam de corridas de carros e especialmente para nós, que estamos envolvidos e somos uma equipe de São Paulo, que tem Interlagos como ‘quintal de casa’’, comentou Camila Maluf, responsável pelo marketing da equipe CRT.
Além de ser a idealizadora da homenagem desta semana, Camila havia sido, também, responsável pela organização de um tributo oficial a Ayrton Senna no início do ano. No mês de março, o time aproveitou a primeira etapa do Itaipava GT Brasil, também em São Paulo, para adesivar seus carros com as marcas de homenagem aos 50 anos do tricampeão mundial de Fórmula 1.
Unanimidade -O circuito, localizado na zona sul da capital paulista, é unanimidade entre os pilotos da equipe CRT Brasil, que o consideram o mais bem estruturado do país.
"Interlagos é muito especial. Lembro de vir garoto até aqui para assistir corridas, ainda lembro exatamente quem eram os grandes pilotos daquela época", recorda Walter Derani, fundador da CRT Brasil. "Depois de adulto consegui realizar meu sonho de correr em Interlagos. É, sem dúvida, a melhor pista do Brasil. E é fantástico fazer parte deste fim de semana especial para o autódromo", completou.
Disputando o campeonato do Itaipava GT Brasil pela CRT, o amazonense Antonio Pizzonia destaca a realização de seu maior sonho em Interlagos. "Quando eu corria de kart, ficava lá do kartódromo admirando os carros passando pela pista e pensava quando seria a minha vez de acelerar aqui", lembra o piloto, referindo-se à pista de kart anexa ao autódromo. "Curiosamente, só fui correr em Interlagos bem mais tarde na minha carreira, quando já estava na Fórmula 3000. Mas pude realizar meu grande sonho, que foi correr de Fórmula 1 nessa pista", comenta ele, sobre os GPs Brasil de 2003 e 2005, nos quais correu pelas equipes Jaguar e Williams, respectivamente.
Atual campeão do Itaipava GT Brasil ao lado de Cláudio Ricci, o paulista Rafael Derani lembrou da importância de Interlagos para o automobilismo brasileiro. "Por aqui passaram praticamente todas as grandes categorias do automobilismo mundial, é o palco do GP Brasil de Fórmula 1 há vários anos. Já recebeu inúmeros grandes pilotos. É algo como um dicionário de automobilismo. Onde você pode aprender tudo com a pista que oferece e com a história que tem", avaliou.
Opinião que é compartilhada, também, pelo companheiro Ricci. "Interlagos é fantástico. Cada vez que eu venho para São Paulo e entro no autódromo, parece que estou entrando em outra atmosfera. É um verdadeiro templo e para mim é uma honra cada oportunidade de correr aqui", comentou o piloto gaúcho.
O autódromo - Construído em pouco mais de um ano entre 1939 e 1940, Interlagos foi berço de praticamente todas as estrelas do automobilismo nacional. Seu nome é originado da região onde foi construído: em meio a dois lagos artificiais, Guarapiranga e Billings, que haviam sido projetados no início do século XX para suprir a demanda de energia elétrica e água da cidade. Apenas cerca de 30 anos mais tarde foi rebatizado em homenagem ao falecido piloto de Fórmula 1, José Carlos Pace - nome atual do autódromo. Passou pelas primeiras reformas em meados dos anos 60; e em 1972 sediou o primeiro GP Brasil de Fórmula 1 que valeu pontos para o Mundial.
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